
Depois de cinco anos de pesquisa, um grupo da Nasa agência espacial
americana, descobriu que o Ártico está despejando grandes quantidades de
metano e gás carbônico na atmosfera. Ambos os gases são responsáveis
pelo aquecimento global. As emissões são consequência do derretimento acelerado do gelo na região,
causado pelas mudanças climáticas. A contribuição do Ártico pode
acelerar o aquecimento provocado pela emissão de gases derivados da
atividade humana.
O metano e o gás carbônico do Ártico são emitidos pelo derretimento
do permafrost, solo até então permanentemente congelado na região.
Todo verão, as camadas superficiais do permafrost
derretem um pouco. Cerca de 10 centímetros na região da tundra ou
alguns metros na área de florestas boreais. Quando as vegetação morre ou
perde as folhas, o material orgânico não se decompõe totalmente. Ele
fica enterrado no gelo. Ao longo de centenas de milhares de anos, esse
material vem sendo acumulado. Estima-se que o Ártico guarde 1,4 a 1,8
trilhões de toneladas de matéria orgânica no permafrost. É cinco ou seis
vezes mais do que todo o carbono lançado na atmosfera pelas atividades
humanas desde 1850.
Agora, com o derretimento do Ártico, parte desse estoque está indo para a atmosfera.
“Algumas das concentrações que estamos medindo são bem altas”, diz
Charles Miller, da Nasa. “Estamos vendo padrões bem diferentes dos
modelos. São grandes episódios de emissão de carbono e metano durante o
verão. E eles duram até depois da temporada de recongelamento do
inverno.”
O mapa acima mostra a extensão de permafrost no Ártico. Os trechos em
azul escuro são compostos por 90% de solo congelado. No azul
intermediário, o permafrost ocupa de 10% a 90% da área. No azul mais
claro, há apenas manchas isoladas de permafrost.
Fonte: Alexandre Mansur
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