domingo, 30 de outubro de 2016

Derretimento no Ártico contribui para o aumento do efeito estufa

 
Depois de cinco anos de pesquisa, um grupo da Nasa agência espacial americana, descobriu que o Ártico está despejando grandes quantidades de metano e gás carbônico na atmosfera. Ambos os gases são responsáveis pelo aquecimento global. As emissões são consequência do derretimento acelerado do gelo na região, causado pelas mudanças climáticas. A contribuição do Ártico pode acelerar o aquecimento provocado pela emissão de gases derivados da atividade humana.
O metano e o gás carbônico do Ártico são emitidos pelo derretimento do permafrost, solo até então permanentemente congelado na região.
Todo verão, as camadas superficiais do permafrost derretem um pouco. Cerca de 10 centímetros na região da tundra ou alguns metros na área de florestas boreais. Quando as vegetação morre ou perde as folhas, o material orgânico não se decompõe totalmente. Ele fica enterrado no gelo. Ao longo de centenas de milhares de anos, esse material vem sendo acumulado. Estima-se que o Ártico guarde 1,4 a 1,8 trilhões de toneladas de matéria orgânica no permafrost. É cinco ou seis vezes mais do que todo o carbono lançado na atmosfera pelas atividades humanas desde 1850.
Agora, com o derretimento do Ártico, parte desse estoque está indo para a atmosfera.
“Algumas das concentrações que estamos medindo são bem altas”, diz Charles Miller, da Nasa. “Estamos vendo padrões bem diferentes dos modelos. São grandes episódios de emissão de carbono e metano durante o verão. E eles duram até depois da temporada de recongelamento do inverno.”
O mapa acima mostra a extensão de permafrost no Ártico. Os trechos em azul escuro são compostos por 90% de solo congelado. No azul intermediário, o permafrost ocupa de 10% a 90% da área. No azul mais claro, há apenas manchas isoladas de permafrost.

Fonte: Alexandre Mansur

sábado, 29 de outubro de 2016

29 de Outubro: Dia do Livro. Entenda a sua origem.

 Na Alta Idade Média, os livros eram mais acessíveis aos integrantes da Igreja
Para quem hoje se vislumbra com a praticidade oferecida pelos e-books, nem chega a imaginar o longo caminho percorrido pelos livros na História. Companheiro da escrita, os livros tiveram grande importância para a realização de registros históricos, a compilação de leis e a divulgação de ideias. Atualmente, a produção de livros chegou a tal ponto que, por exemplo, o século XX foi responsável por uma literatura histórica superior a de todos os outros séculos somados juntos!

No Egito Antigo, o ancestral dos livros foi concebido através do papiro. Transformada em atividade importante, a escrita no papiro era exclusivamente executada por uma classe de escribas responsáveis pela leitura e fabricação dos textos oficiais e religiosos. Pesquisadores apontam que as peças de papiro mais antigas já encontradas foram concebidas há três mil anos antes de Cristo. Para se organizar esses documentos, as folhas de papiro eram pregadas umas às outras formando um único rolo.

Por volta do século X a. C., a organização dos documentos escritos ganharam maior funcionalidade com a invenção dos pergaminhos. Apesar de não terem a mesma praticidade dos encadernados, essa base material foi de suma importância para a preservação de importantes textos da Antiguidade, como a Bíblia Sagrada e os escritos de alguns pensadores do mundo clássico. Vale a pena frisar que a qualidade e a resistência dos pergaminhos era superior à do papiro.

A concepção do livro encadernado já era tentada nessa época. Para tanto, pegavam os pergaminhos disponíveis e realizava-se a organização de cada uma das supostas páginas. Conhecidos como codex (códice, em português) essas primeiras edições facilitaram a locomoção e manuseio dos textos escritos. Já nos fins da Antiguidade, por volta de 404, São Jerônimo registrou uma extensa teoria sobre as formas pelas quais seria possível produzir um livro.

No período medieval, o acesso ao mundo letrado ficou praticamente restrito aos clérigos. Boa parte dos livros ficava enclausurada sob a proteção dos mosteiros e tinham sua sabedoria conservada pelo demorado trabalho de monges copistas. Nesse aspecto, é importante ressaltar que a Igreja teve um papel fundamental para que vários textos da cultura grega e romana fossem conservados. Em tal época, era comum que as chamadas iluminuras decorassem o rodapé e os parágrafos dos livros com belas imagens.

Em 1454, o processo de fabricação e divulgação dos livros sofreu um salto qualitativo gigantesco com a invenção da prensa. Desenvolvida por Johannes Gutenberg, essa máquina permitia que o processo de fabricação dos livros fosse dinamizado. Apesar da importância do feito, observamos que na Idade Moderna a leitura e a escrita ainda se conservavam atreladas aos privilégios desfrutados pelas elites. Ler e escrever eram prazeres ainda destinados aos nobres e burgueses enriquecidos.

O século XIX, como filho das inovações tecnológicas, marcou uma época de grandes produções. Vale frisar que o processo de liberalização dos Estados Nacionais teve grande influência na disseminação do ensino público e no consequente incremento do número de leitores. Com o barateamento dos custos de produção, a leitura passou a atingir grandes parcelas da população. A partir de então nasceram os famosos e ainda bastante procurados “best-sellers”.

Fonte:  História do Mundo

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Universitários fazem protestos cobrando melhorias para Campus Universitário em São Bernardo - MA

Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Ciências Humanas/Sociologia, da Universidade Federal do Maranhão-UFMA - Campus de São Bernardo, iniciaram essa semana protestos contra a reitoria superior da entidade, cobrando melhorias para universidade.  
 Os manifestantes reivindicam melhorias na estrutura física do prédio, além de segurança, iluminação e água potável para beber, o que dificulta o aprendizado naquela universidade por conta da precariedade do Campus.
 Cartazes são exibidos durante os protestos contra a reitora da UFMA, que nada tem feito para resolver o problema da Universidade de São Bernardo-MA.


Comissão fecha acordo para criar maior reserva marítima do mundo

 Penguim parece 'surfar' sobre a água congelada no Mar de Ross, na Antártida. (Foto: AFP/John Weller/Antarctic Ocean Alliance)
Uma comissão internacional chegou, nesta sexta-feira (28), a um acordo para a criação da maior reserva marinha do mundo para conservar as águas da Antártica, após anos de negociações sem sucesso.
O acordo firmado pela Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos (CCRVMA) conseguiu estabelecer, finalmente, a criação de uma reserva gigante na zona do mar de Ross, uma imensa baía no Pacífico, indicou o ministro das Relações Exteriores da Nova Zelândia.

A CCRVMA, criada em 1982 por uma convenção internacional, não conseguia desde 2011 levar adiante os projetos para Áreas Marinhas Protegidas (AMP).
Este mar é conhecido como "o último oceano" por ser considerado o último ecossistema marinho intacto do planeta, sem contaminação, nem sobrepesca, nem espécies invasoras.
Dentro da CCRVMA, que reúne 24 países e a União Europeia, as organizações de defesa do meio ambiente apoiam quase totalmente estas áreas protegidas.
A Rússia e a China foram os países que estavam se opondo à criação das reservas.
"Chegou a hora de proteger as águas da Antártica, motor de circulação oceânica", declarou Mike Walker, encarregado da Antarctic Ocean Alliance, que exortou os líderes de todo o mundo a seguirem o caminho dos Estados Unidos.

No oceano Antártico, que representa 15% da superfície dos oceanos, estão ecossistemas excepcionais, que contêm mais de dez mil espécies únicas, muitas preservadas de atividades humanas, mas ameaçadas pelo desenvolvimento da pesca e da navegação.

Fonte: G1

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

População de animais selvagens caiu 58% desde 1970, diz estudo

 Tartaruga Fernando de Noronha 3 (Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo)
A biodiversidade do planeta vem diminuindo num ritmo alarmante e isso coloca em risco a sobrevivência das espécies e do próprio ser humano.
O alerta está no relatório The Living Planet Report 2016 (Planeta Vivo, em tradução livre), divulgado a cada dois anos pela Zoological Society of London (ZSL) e da organização ambiental WWF .
A população de animais selvagens caiu 58% desde 1970.
Os números mostram que as espécies que vivem em lagos, rios e pântanos foram as que mais sofreram reduções e que, se nada for feito, até 2020 a população de vertebrados estará reduzida a dois terços da atual.
As principais causas desse declínio são a ação direta do homem - incluindo a destruição de habitats e o tráfico de animais silvestres -, a poluição e a mudança climática.
A pesquisa pede mudanças imediatas na maneira como exploramos as fontes de energia e alimento do planeta, proteção da biodiversidade e apoio a modelos de desenvolvimento sustentável.
Por que o mosquito Aedes aegypti transmite tantas doenças?
Sem desculpa
"Está claro que se continuarmos do jeito que estamos, vamos ver o declínio constante dos animais selvagens. Chegamos a um ponto em que não há mais desculpa para seguirmos assim", disse Mike Barrett, diretor de Ciência e Política da WWF.
"Sabemos quais são as causas e o impacto da ação do homem na natureza e nas populações de animais selvagens. Temos que agir agora", alerta.
Homem morre pisoteado por manada de 15 elefantes (Foto: KWS)A pesquisa do WWF analisou informações de 3,7 mil espécies de vertebrados desde 1970 (Foto: KWS)


O relatório estudou 3,7 mil espécies de aves, peixes, mamíferos, anfíbios e répteis - o que representa 6% do número total de vertebrados existentes no mundo.
Os pesquisadores então analisaram as mudanças no tamanho das populações desde 1970.
O estudo anterior, publicado em 2014, calculava que a população de animais selvagens diminuiria 50% em 40 anos.
Passados dois anos, essa estimativa foi 58% para o período.
Barrett explica que a situação é pior em alguns grupos de animais:
"Vemos uma forte redução especialmente entre as espécies de água doce. O declínio chega a 81% desde 1970 e está relacionado à maneira como a água doce é usada pelo homem e também à construção de represas, por exemplo."
A pesquisa também destaca a situação de espécies como os elefantes africanos - ameaçados pelo aumento da caça ilegal - e os tubarões, alvo da pesca predatória.
Os pesquisadores concluíram que os vertebrados estão diminuindo a uma taxa de 2% ao ano. Se isso continuar, até o fim da década essas populações podem sofrer uma redução de 67% (em relação aos níveis de 1970).
"Mas se as nossas previsões se confirmarem e houver aumento do comércio ilegal de animais silvestres, por exemplo, a queda será ainda pior", alerta o professor Robin Freeman, chefe da Unidade de Indicadores e Avaliação da ZSL.
"O mais importante sobre esses percentuais é que eles mostram a redução do número de animais em determinadas populações. Não se trata de extinção de espécies. Elas não estão desaparecendo e isso nos dá tempo de fazer algo", diz.
A boa notícia é que espécies como o urso panda e o tigre de Bengala, que já foram ameaçadas até de extinção, não estão nesta lista.
Metodologia sob questão
Mas a metodologia da pesquisa também foi criticada. O americano Stuart Pimm, professor de ecologia da Universidade de Duke University, nos EUA, vê "furos" nos dados do estudo.
"O relatório traz alguns números importantes, mas outros que são muito, muito imprecisos," disse Pimm à BBC.
"Por exemplo, ao analisar a origem de certos dados, não é de surpreender que eles venham maciçamente do Leste Europeu. Quando olhamos outras regiões, há poucas informações e os dados se tornam bem mais inexatos. Não há quase nada da América do Sul, da África e dos países tropicais em geral. Ao misturar os dados dessa maneira, fica difícil saber o exato significado dos números."
Para Pimm, as organizações "estão jogando tudo no liquidificador e anunciando um único número... isso é inútil".
Mas Freeman, da ZSL, diz que sua equipe conseguiu os melhores dados mundiais possíveis.
"É absolutamente verdadeiro que em algumas regiões e grupos, como o de anfíbios tropicais, temos lacuna de dados. Mas isso é porque não há mesmo informações sobre eles. Acreditamos que nossa metodologia é a melhor possível para calcular a diminuição de populações", afirma.
"Também é possível que a situação de espécies que não estejam sendo monitoradas seja muito pior."

Fonte: G1