
Depois de mobilizar 60 milhões de estudantes e profissionais da
educação contra o mosquito Aedes aegypti no início do ano letivo de
2016, o Ministério da Educação participa agora da fase de estudos para o
combate ao mosquito que transmite a dengue, o zika e a chikungunya. As
ações do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa foram
anunciadas nesta quarta-feira, 23, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Serão investidos R$ 649 milhões nas pesquisas que compõem o Plano
Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia. Além do
MEC, que empregará R$ 36 milhões, os ministérios da Saúde e da Ciência,
Tecnologia e Inovação também desenvolverão estudos. Até 2018, os
recursos chegarão a R$ 1,2 bilhão, segundo a presidenta Dilma Rousseff.
“A mobilização dos estudantes, tanto das séries finais do ensino
fundamental como do ensino médio, inequivocamente é uma forma de
mobilizarmos a sociedade”, destacou a presidenta, ao lembrar os esforços
capitaneados pelo MEC contra o mosquito.
A presidenta anunciou, ainda, outra campanha que o Ministério vai
promover no começo de abril, desta vez junto às famílias dos estudantes.
“O MEC estará, juntamente com os secretários de educação, promovendo
uma grande mobilização no sentido de levar os pais das crianças a
desenvolverem esse combate. Até porque nós todos sabemos que, enquanto
não temos a vacina, é fundamental que a gente elimine os criadouros”,
afirmou Dilma.
Ações – As pesquisas na área de educação serão
desenvolvidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes). Conforme o presidente da Capes, Carlos Nobre, “de
várias maneiras esses recursos vão contribuir com o aumento do
conhecimento científico sobre o vetor e o vírus da zika”.
A primeira ação de uso desses recursos é a destinação de R$ 6 milhões
para apoio a cerca de 20 grupos com projetos de pesquisa sobre o virus,
em todas as áreas, em fase de conclusão. A intenção, segundo Nobre, é
em pelo menos seis meses apresentar resultados importantes.
Em breve, conforme o presidente da Capes, será lançado também um
edital de pesquisas de mestrado e doutoramento, com investimento de R$
50 milhões. Parte dos recursos anunciados hoje se somarão a outros
vindos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O certame será voltado para as cinco áreas prioritárias elencadas
pelo eixo de pesquisas no combate ao Aedes aegypti: diagnóstico,
controle vetorial, o vírus zika e sua relação com doenças como a
microcefalia, vacinas e tratamentos, além de inovação em gestão de
Serviços de Saúde, de saneamento e de políticas públicas.
“É uma emergência onde existe um enorme desconhecimento científico.
Ninguém previu, ninguém imaginou que podia haver uma epidemia causada
pelo vírus zika e que tivesse uma dimensão, um agravo pelas
consequências, as doenças que o vírus ocasiona”, frisou Carlos Nobre.
A presidenta Dilma Rousseff reforçou que “mesmo nessa etapa de
dificuldades fiscais”, o Governo Federal dará todas as condições para
que os estudos sobre o vírus alcancem outros patamares. “Nós temos um
compromisso de não deixar faltar recursos para essas pesquisas”, disse.
Fonte: MEC
Edição: SIMBIOSE
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