domingo, 4 de dezembro de 2016

Pesquisadores apostam em 'bactéria canibal' para combater superbactérias resistentes a antibióticos

 Bdellovibrio bacteriovorus
As bactérias canibais - que se alimentam de outros microorganismos de sua mesma espécie - podem ser uma nova arma para combater as superbactérias, afirmam pesquisadores britânicos.
Experimentos indicaram que uma dose de Bdellovibrio bacteriovorus (o nome científico da bactéria canibal) é capaz de agir como um "antibiótico vivo" que ajuda a curar uma infecção letal.
A Bdellovibrio se mostrou capaz de matar uma série de bactérias, incluindo a E. coli e a Salmonella.
Segundo um estudo publicado no jornal Current Biology, não há efeitos colaterais. Especialistas dizem que a estratégia é inusitada, mas não deve ser subestimada.
O medo de um "apocalipse de antibióticos" causado por níveis cada vez maiores de resistência das bactérias a medicamentos levou cientistas a tentar novas abordagens, como o uso da Bdellovibrio, por exemplo.

Dose mortal

A Bdellovibrio é uma bactéria de rápida locomoção que se infiltra em outras bactérias e devora o interior de suas hospedeiras. Depois de se alimentar, a bactéria canibal se replica e explode o seu hospedeiro, que é morto.
Um time de pesquisadores das universidades de Nottingham e Imperial College London tentaram usar a Bdellovibrio bacteriovorus para acabar com uma causa comum de infecção alimentar, a Shigella.
A bactéria Shigella adoece 160 milhões de pessoas todos os anos e mais de um milhão acabam morrendo como consequência, a maioria infectados por alimentos contaminados.
Testes realizados em laboratório apontaram que o número de Shigella diminuiu em cerca de 99,9% após a ação das bactérias canibais.
Outros experimentos, realizados com larvas de peixe, mostraram que uma dose mortal de superbactérias eliminou 75% das larvas em três dias. Porém, quando as larvas também foram infectadas com as bactérias canibais, 60% delas sobreviveram, ou seja, apenas 40% foram eliminadas.
"Definitivamente é uma abordagem criativa e o que há de mais especial é a incapacidade da hospedeira desenvolver uma resistência", disse à BBC Serge Mostowy, pesquisador da Imperial College London.
"É um marco importante na pesquisa do uso de antibióticos vivos que podem ser usados tanto em animais quanto humanos", acrescentou.

'Ameaça iminente'

No entanto, os pesquisadores acreditam que a Bdellovibrio pode ser mais útil no tratamento de feridas infeccionadas do que nas bactérias que se espalham pelo corpo, já que as canibais podem ser facilmente injetadas no local do ferimento.
Os pesquisadores perceberam que as bactérias canibais trabalham melhor quando agem em conjunto com o sistema de imunidade dos peixes.
"Parece que os agentes infecciosos estão poupando o sistema imune, mas quando a Bdellovibrio está lá, ela libera partes da Shigella, o que dá um alerta extra de ameaça aos peixes", diz Liz Sockett, pesquisadora da Universidade de Nottingham.
De acordo com os pesquisadores, não há sinais de efeitos colaterais e os peixes demonstraram tolerância a altos níveis de Bdellovibrio. Há bactérias canibais vivendo naturalmente em nossos corpos, encontradas por outros pesquisadores.
"Pode ser incomum usar uma bactéria para se ver livre de outras, mas diante da ameaça iminente de infecções resistentes a medicamentos, o potencial das interações entre bactérias e animais não deve ser ignorado", afirmou Michael Chew, médico membro da fundação de investigação biomédica Wellcome Trust.
"Nós estamos cada vez mais dependentes de antibióticos de última linha e esse estudo inovador demonstra como bactérias predatórias podem ser uma nova e importante ferramenta na luta contra a resistência a medicamentos", disse.
Contudo, ainda são necessários mais testes de segurança antes de testar a Bdellovibrio como tratamento em humanos.

Fonte: BBC

domingo, 20 de novembro de 2016

O que uma latinha de Coca-Cola pode fazer ao seu corpo?

 Resultado de imagem para pessoa tomando coca em lata
Você já se perguntou o que acontece com o corpo depois do consumo de uma lata de refrigerante? Uma ilustração compilada pelo blog Truth Theory, do ex-farmacêutico Niraj Naik, apresenta os efeitos de uma lata de Coca-Cola ou outra bebida similar açucarada e com cafeína a partir de 10 minutos de sua ingestão até depois de 60 minutos. Os dados foram divulgados pelo jornal Daily Mail, que ouviu a opinião de alguns profissionais sobre o assunto. Confira:

10 minutos

10 colheres de chá de açúcar atingem seu sistema (100% de sua ingestão diária recomendada). Você não vomita imediatamente devido à doçura esmagadora porque o ácido fosfórico corta o sabor.

20 minutos

O açúcar no sangue tem um pico, causando uma explosão de insulina. Seu fígado responde a isso transformando todo o açúcar que pode obter em gordura.

40 minutos

A absorção de cafeína está completa. As pupilas dilatam, a pressão arterial sobe, como resposta seu fígado despeja mais açúcar em sua corrente sanguínea. Os receptores de adenosina no seu cérebro são bloqueados, impedindo sonolência.

45 minutos

O corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do seu cérebro. Essa é fisicamente a mesma maneira que a heroína funciona.

60 Minutos

O ácido fosfórico prende o cálcio, magnésio e zinco no intestino grosso, provocando mais um aumento no metabolismo. Essa situação é agravada por doses elevadas de açúcar e adoçantes artificiais também aumentando a excreção urinária de cálcio.

Mais de 60 Minutos

Propriedades diuréticas da cafeína entram em jogo (fazem com que a pessoa urine). Agora, é certeza que você vai evacuar a junção de cálcio, magnésio e zinco que deveriam ir para seus ossos, bem como o sódio, eletrólitos e água.

Mais de 60 minutos

Como o delírio dentro de você morre, vai começar a ter um choque de açúcar. Pode tornar-se irritado e/ou lento. Você também terá, literalmente, urinado a água que estava no refrigerante. Mas não antes de levar junto alguns nutrientes que seu corpo poderia ter usado para até mesmo ter a capacidade de hidratar o organismo e fortalecer ossos e dentes.

O que dizem os especialistas

“Coca-Cola não tem apenas muito xarope de milho com alta frutose, mas também é embalado com sais refinados e cafeína. O consumo regular desses ingredientes nas quantidades elevadas que você encontra na Coca-Cola e outros alimentos e bebidas processados pode levar ao aumento da pressão arterial, doença cardíaca, diabetes e obesidade”, comentou o ex-farmacêutico em seu blog.
“O Serviço Nacional de Saúde acabou de mudar a permissão do total de açúcar adicionado de 10 colheres de chá por dia para 7,5 colheres de chá por dia. Isso faz com que apenas uma lata tenha mais do que o total de açúcar permitido para o dia inteiro”, disse a nutricionista Ella Allred, da NutriCentre.com.
Segundo a nutricionista, essa alta quantidade de açúcar faz com que o pâncreas trabalhe mais para produzir insulina, aumentando as chances de desenvolver diabetes tipo 2 e causando acúmulo de gordura abdominal, elevando o risco de doenças cardíacas. “A enorme quantidade de açúcar com que seu corpo precisa lidar utiliza reservas de nutrientes valiosos como magnésio e cálcio, sendo nossas maiores reservas nos ossos. Também faz com que se torne desidratado, fazendo você se sentir sonolento e cansado, novamente precisando de mais energia. O açúcar e a cafeína estimulam os mesmos centros de prazer no cérebro como drogas, como cocaína e heroína, deixando você desejando mais, o que piora ainda mais o efeito em seu corpo.”
O dentista Sameer Pate, diretor clínico da Elleven Dental Practice, no Reino Unido, disse que as bebidas gaseificadas, como as do tipo cola, estão cheias de açúcar e ácido, que prejudicam os dentes. “Quando o líquido está na boca, pode então levar a erosão ácida e cárie dentária. As bebidas gaseificadas de cor mais escura aumentam a probabilidade de coloração dos dentes também”, comentou.
Quanto mais tempo demorar para terminar de beber a lata, pior é para o dente. “Leva apenas 20 segundos para que as bactérias produzam ácido no interior da boca, mas os efeitos podem durar até 30 minutos. Se você gastar 30 minutos bebendo, esses efeitos de bactérias se multiplicam substancialmente. Se você está bebendo refrigerantes, use um canudo e consuma com a refeição para minimizar o contato do açúcar com os dentes, o que leva a problemas dentários. Masque chiclete sem açúcar quando tiver terminado para ajudar a neutralizar o ácido na boca”, recomendou.
O jornal Daily Mail entrou em contato com a Coca-Cola para comentar o assunto, mas não obteve resposta até o momento da publicação. 

Fonte: Terra
 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Mayaro: mais um vírus transmitido pelo Aedes aegypti que pode se espalhar

   Mosquito Aedes aegypti, transmissor de zika, dengue, chikungunya e febre amarela, é analisado em laboratório de Cali, na Colômbia
Os microrganismos também lutam pela sobrevivência de suas respectivas espécies. Procuram se adaptar das maneiras mais incríveis possíveis para não desaparecer. É o que está acontecendo atualmente com um vírus chamado Mayaro. Não é um vírus novo. Foi identificado pela primeira vez em 1954 e existe em regiões silvestres aos redores da  região Amazônica.

Nas últimas semanas, pesquisadores da Flórida o identificaram no Haiti, em um menino de 8 anos, com febre e dores abdominais. Concluiu-se, portanto, que este vírus pode estar se espalhando pelo continente.

O grande problema é que este vírus  possivelmente tenha se adaptado. Antes era transmitido apenas por mosquitos vetores silvestres e agora aparentemente pode ser transmitido por mosquitos vetores urbanos que já estão espalhados pelo mundo: Aedes aegypti principalmente, e o Aedes albopictus. Se isso se confirmar, há muitas razões para nos preocuparmos, uma vez que o Aedes está fortemente presente em todo o território nacional. Este vírus provoca  uma doença semelhante à chikungunya. Chama-se Febre do Mayaro.

Quais os sintomas da Febre do Mayaro?
Os sintomas  são muito parecidos com os da dengue e/ou chiKungunya. Começa com uma febre inespecífica e cansaço, sem outros sinais aparentes. Logo após podem surgir manchas vermelhas pelo corpo, acompanhadas de dor de cabeça e dores  nas articulações. Os olhos podem também ficar doendo e em alguns casos reporta-se intolerância à luz. São sintomas muito parecidos e por isso a febre do Mayaro pode ser facilmente confundida com dengue ou com chikungunya. No entanto, no Mayaro as dores e o inchaço das articulações podem ser mais limitantes e durar meses para passar.

Como saber se é dengue, zika, Mayaro ou chikungunya?Pelo quadro clínico pode ser difícil diferenciar. Só os exames laboratoriais específicos é que podem apontar o diagnóstico correto. No menino de 8 anos do Haiti suspeitou-se inicialmente de dengue ou chikungunya. Mas os testes vieram negativos e o de Mayaro confirmou ser positivo.

Há vacina ou tratamento específico para a febre do Mayaro?
Não. Até o momento não há nem vacina nem tratamento específico. O tratamento é dirigido ao alívio dos sintomas. A evolução em geral é bastante favorável.

Já foram confirmados casos de febre do Mayaro no Brasil?
Sim. Entre dezembro de 2014 e junho de 2015 foram confirmados 197 casos  de febre do Mayaro nas regiões Norte e Centro-Oeste, com destaque para os estados de Goiás, Pará e Tocantins. Todas estas pessoas moravam ou estiveram em área rural, silvestre ou de mata por atividades de trabalho ou lazer. O Estado de Goiás registrou 66 casos até fevereiro de 2016 e o Datasus não possui mais dados atualizados deste ano. Importante salientar que no Brasil a transmissão desta doença limitou-se a regiões de mata. Não há relatos, até o momento, de transmissão urbana.




Fonte: G1

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Movimento Ocupa adia provas do ENEM em algumas regiões

 Resultado de imagem para adiamento do enem
O Ministério da Educação vai divulgar na sexta-feira (4) uma lista atualizada das escolas ocupadas onde o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será adiado. Nenhuma escola que já foi apontada na lista será excluída, mesmo que já tenha sido desocupada, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O MEC só vai manter a prova neste fim de semana, nos dias 5 e 6 de novembro, nas escolas que foram desocupadas até segunda-feira (31), prazo limite que foi dado para a liberação dos colégios. Por isso, mesmo que estejam vazias neste momento estarão na lista do ministério como locais inviáveis para realização das provas neste fim de semana.
A nova lista terá possíveis acréscimos, caso haja novas ocupações entre esta quinta e sexta-feira, segundo o Inep.
Na terça, o Ministério da Educação anunciou que a prova será adiada para 191 mil candidatos de 18 estados e do Distrito Federal. Esses estudantes terão de fazer o exame nos dias 3 e 4 de dezembro.
A exceção é o Colégio de Aplicação, em Florianópolis, que estava, equivocadamente, na lista divulgada pelo MEC como um dos locais afetados pelo adiamento. O governo admitiu o erro e afirmou que lá o Enem será aplicado no próximo fim de semana, 5 e 6 de novembro.
Os participantes afetados devem ficar atentos aos seguintes pontos que devem ser observados no processo de confirmação do adiamento:
  • Participante deve receber SMS confirmando o adiamento.
  • Confirmação também pode ser obtida via página do participante (http://enem.inep.gov.br/participante/) ou pelo aplicativo oficial do Enem.
  • O Inep não informou quando vai divulgar novo local de prova.
Participantes que tiverem dúvidas sobre a prova podem acionar a Central de Atendimento do Inep pelo telefone 0800-616161. O atendimento por telefone tem funcionamento diário, entre 8h e 20h.
Pedido de cancelamento
O procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho, pediu nesta quarta-feira (2) a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), programado para ocorrer no sábado e domingo (5 e 6). O pedido tem como base o adiamento da prova para mais de 191 mil candidatos devido as ocupações de locais onde a avaliação é aplicada. Para o procurador do Ministério Público Federal no Ceará, as provas em diferentes datas, com temas diferentes da redação, fere a isonomia da seleção.
A ação será julgada pelo juiz Ricardo Cunha Porto, titular da 8ª Vara da Justiça Federal no Ceará. Caso a Justiça aceite os argumentos do procurador, a mudança no calendário do Enem é válida para todo o Brasil. Devido à urgência, o pedido deve ser julgado até sexta-feira (4), de acordo com a Justiça Federal. 

Fonte: G1

domingo, 30 de outubro de 2016

Derretimento no Ártico contribui para o aumento do efeito estufa

 
Depois de cinco anos de pesquisa, um grupo da Nasa agência espacial americana, descobriu que o Ártico está despejando grandes quantidades de metano e gás carbônico na atmosfera. Ambos os gases são responsáveis pelo aquecimento global. As emissões são consequência do derretimento acelerado do gelo na região, causado pelas mudanças climáticas. A contribuição do Ártico pode acelerar o aquecimento provocado pela emissão de gases derivados da atividade humana.
O metano e o gás carbônico do Ártico são emitidos pelo derretimento do permafrost, solo até então permanentemente congelado na região.
Todo verão, as camadas superficiais do permafrost derretem um pouco. Cerca de 10 centímetros na região da tundra ou alguns metros na área de florestas boreais. Quando as vegetação morre ou perde as folhas, o material orgânico não se decompõe totalmente. Ele fica enterrado no gelo. Ao longo de centenas de milhares de anos, esse material vem sendo acumulado. Estima-se que o Ártico guarde 1,4 a 1,8 trilhões de toneladas de matéria orgânica no permafrost. É cinco ou seis vezes mais do que todo o carbono lançado na atmosfera pelas atividades humanas desde 1850.
Agora, com o derretimento do Ártico, parte desse estoque está indo para a atmosfera.
“Algumas das concentrações que estamos medindo são bem altas”, diz Charles Miller, da Nasa. “Estamos vendo padrões bem diferentes dos modelos. São grandes episódios de emissão de carbono e metano durante o verão. E eles duram até depois da temporada de recongelamento do inverno.”
O mapa acima mostra a extensão de permafrost no Ártico. Os trechos em azul escuro são compostos por 90% de solo congelado. No azul intermediário, o permafrost ocupa de 10% a 90% da área. No azul mais claro, há apenas manchas isoladas de permafrost.

Fonte: Alexandre Mansur

sábado, 29 de outubro de 2016

29 de Outubro: Dia do Livro. Entenda a sua origem.

 Na Alta Idade Média, os livros eram mais acessíveis aos integrantes da Igreja
Para quem hoje se vislumbra com a praticidade oferecida pelos e-books, nem chega a imaginar o longo caminho percorrido pelos livros na História. Companheiro da escrita, os livros tiveram grande importância para a realização de registros históricos, a compilação de leis e a divulgação de ideias. Atualmente, a produção de livros chegou a tal ponto que, por exemplo, o século XX foi responsável por uma literatura histórica superior a de todos os outros séculos somados juntos!

No Egito Antigo, o ancestral dos livros foi concebido através do papiro. Transformada em atividade importante, a escrita no papiro era exclusivamente executada por uma classe de escribas responsáveis pela leitura e fabricação dos textos oficiais e religiosos. Pesquisadores apontam que as peças de papiro mais antigas já encontradas foram concebidas há três mil anos antes de Cristo. Para se organizar esses documentos, as folhas de papiro eram pregadas umas às outras formando um único rolo.

Por volta do século X a. C., a organização dos documentos escritos ganharam maior funcionalidade com a invenção dos pergaminhos. Apesar de não terem a mesma praticidade dos encadernados, essa base material foi de suma importância para a preservação de importantes textos da Antiguidade, como a Bíblia Sagrada e os escritos de alguns pensadores do mundo clássico. Vale a pena frisar que a qualidade e a resistência dos pergaminhos era superior à do papiro.

A concepção do livro encadernado já era tentada nessa época. Para tanto, pegavam os pergaminhos disponíveis e realizava-se a organização de cada uma das supostas páginas. Conhecidos como codex (códice, em português) essas primeiras edições facilitaram a locomoção e manuseio dos textos escritos. Já nos fins da Antiguidade, por volta de 404, São Jerônimo registrou uma extensa teoria sobre as formas pelas quais seria possível produzir um livro.

No período medieval, o acesso ao mundo letrado ficou praticamente restrito aos clérigos. Boa parte dos livros ficava enclausurada sob a proteção dos mosteiros e tinham sua sabedoria conservada pelo demorado trabalho de monges copistas. Nesse aspecto, é importante ressaltar que a Igreja teve um papel fundamental para que vários textos da cultura grega e romana fossem conservados. Em tal época, era comum que as chamadas iluminuras decorassem o rodapé e os parágrafos dos livros com belas imagens.

Em 1454, o processo de fabricação e divulgação dos livros sofreu um salto qualitativo gigantesco com a invenção da prensa. Desenvolvida por Johannes Gutenberg, essa máquina permitia que o processo de fabricação dos livros fosse dinamizado. Apesar da importância do feito, observamos que na Idade Moderna a leitura e a escrita ainda se conservavam atreladas aos privilégios desfrutados pelas elites. Ler e escrever eram prazeres ainda destinados aos nobres e burgueses enriquecidos.

O século XIX, como filho das inovações tecnológicas, marcou uma época de grandes produções. Vale frisar que o processo de liberalização dos Estados Nacionais teve grande influência na disseminação do ensino público e no consequente incremento do número de leitores. Com o barateamento dos custos de produção, a leitura passou a atingir grandes parcelas da população. A partir de então nasceram os famosos e ainda bastante procurados “best-sellers”.

Fonte:  História do Mundo

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Universitários fazem protestos cobrando melhorias para Campus Universitário em São Bernardo - MA

Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Ciências Humanas/Sociologia, da Universidade Federal do Maranhão-UFMA - Campus de São Bernardo, iniciaram essa semana protestos contra a reitoria superior da entidade, cobrando melhorias para universidade.  
 Os manifestantes reivindicam melhorias na estrutura física do prédio, além de segurança, iluminação e água potável para beber, o que dificulta o aprendizado naquela universidade por conta da precariedade do Campus.
 Cartazes são exibidos durante os protestos contra a reitora da UFMA, que nada tem feito para resolver o problema da Universidade de São Bernardo-MA.


Comissão fecha acordo para criar maior reserva marítima do mundo

 Penguim parece 'surfar' sobre a água congelada no Mar de Ross, na Antártida. (Foto: AFP/John Weller/Antarctic Ocean Alliance)
Uma comissão internacional chegou, nesta sexta-feira (28), a um acordo para a criação da maior reserva marinha do mundo para conservar as águas da Antártica, após anos de negociações sem sucesso.
O acordo firmado pela Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos (CCRVMA) conseguiu estabelecer, finalmente, a criação de uma reserva gigante na zona do mar de Ross, uma imensa baía no Pacífico, indicou o ministro das Relações Exteriores da Nova Zelândia.

A CCRVMA, criada em 1982 por uma convenção internacional, não conseguia desde 2011 levar adiante os projetos para Áreas Marinhas Protegidas (AMP).
Este mar é conhecido como "o último oceano" por ser considerado o último ecossistema marinho intacto do planeta, sem contaminação, nem sobrepesca, nem espécies invasoras.
Dentro da CCRVMA, que reúne 24 países e a União Europeia, as organizações de defesa do meio ambiente apoiam quase totalmente estas áreas protegidas.
A Rússia e a China foram os países que estavam se opondo à criação das reservas.
"Chegou a hora de proteger as águas da Antártica, motor de circulação oceânica", declarou Mike Walker, encarregado da Antarctic Ocean Alliance, que exortou os líderes de todo o mundo a seguirem o caminho dos Estados Unidos.

No oceano Antártico, que representa 15% da superfície dos oceanos, estão ecossistemas excepcionais, que contêm mais de dez mil espécies únicas, muitas preservadas de atividades humanas, mas ameaçadas pelo desenvolvimento da pesca e da navegação.

Fonte: G1

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

População de animais selvagens caiu 58% desde 1970, diz estudo

 Tartaruga Fernando de Noronha 3 (Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo)
A biodiversidade do planeta vem diminuindo num ritmo alarmante e isso coloca em risco a sobrevivência das espécies e do próprio ser humano.
O alerta está no relatório The Living Planet Report 2016 (Planeta Vivo, em tradução livre), divulgado a cada dois anos pela Zoological Society of London (ZSL) e da organização ambiental WWF .
A população de animais selvagens caiu 58% desde 1970.
Os números mostram que as espécies que vivem em lagos, rios e pântanos foram as que mais sofreram reduções e que, se nada for feito, até 2020 a população de vertebrados estará reduzida a dois terços da atual.
As principais causas desse declínio são a ação direta do homem - incluindo a destruição de habitats e o tráfico de animais silvestres -, a poluição e a mudança climática.
A pesquisa pede mudanças imediatas na maneira como exploramos as fontes de energia e alimento do planeta, proteção da biodiversidade e apoio a modelos de desenvolvimento sustentável.
Por que o mosquito Aedes aegypti transmite tantas doenças?
Sem desculpa
"Está claro que se continuarmos do jeito que estamos, vamos ver o declínio constante dos animais selvagens. Chegamos a um ponto em que não há mais desculpa para seguirmos assim", disse Mike Barrett, diretor de Ciência e Política da WWF.
"Sabemos quais são as causas e o impacto da ação do homem na natureza e nas populações de animais selvagens. Temos que agir agora", alerta.
Homem morre pisoteado por manada de 15 elefantes (Foto: KWS)A pesquisa do WWF analisou informações de 3,7 mil espécies de vertebrados desde 1970 (Foto: KWS)


O relatório estudou 3,7 mil espécies de aves, peixes, mamíferos, anfíbios e répteis - o que representa 6% do número total de vertebrados existentes no mundo.
Os pesquisadores então analisaram as mudanças no tamanho das populações desde 1970.
O estudo anterior, publicado em 2014, calculava que a população de animais selvagens diminuiria 50% em 40 anos.
Passados dois anos, essa estimativa foi 58% para o período.
Barrett explica que a situação é pior em alguns grupos de animais:
"Vemos uma forte redução especialmente entre as espécies de água doce. O declínio chega a 81% desde 1970 e está relacionado à maneira como a água doce é usada pelo homem e também à construção de represas, por exemplo."
A pesquisa também destaca a situação de espécies como os elefantes africanos - ameaçados pelo aumento da caça ilegal - e os tubarões, alvo da pesca predatória.
Os pesquisadores concluíram que os vertebrados estão diminuindo a uma taxa de 2% ao ano. Se isso continuar, até o fim da década essas populações podem sofrer uma redução de 67% (em relação aos níveis de 1970).
"Mas se as nossas previsões se confirmarem e houver aumento do comércio ilegal de animais silvestres, por exemplo, a queda será ainda pior", alerta o professor Robin Freeman, chefe da Unidade de Indicadores e Avaliação da ZSL.
"O mais importante sobre esses percentuais é que eles mostram a redução do número de animais em determinadas populações. Não se trata de extinção de espécies. Elas não estão desaparecendo e isso nos dá tempo de fazer algo", diz.
A boa notícia é que espécies como o urso panda e o tigre de Bengala, que já foram ameaçadas até de extinção, não estão nesta lista.
Metodologia sob questão
Mas a metodologia da pesquisa também foi criticada. O americano Stuart Pimm, professor de ecologia da Universidade de Duke University, nos EUA, vê "furos" nos dados do estudo.
"O relatório traz alguns números importantes, mas outros que são muito, muito imprecisos," disse Pimm à BBC.
"Por exemplo, ao analisar a origem de certos dados, não é de surpreender que eles venham maciçamente do Leste Europeu. Quando olhamos outras regiões, há poucas informações e os dados se tornam bem mais inexatos. Não há quase nada da América do Sul, da África e dos países tropicais em geral. Ao misturar os dados dessa maneira, fica difícil saber o exato significado dos números."
Para Pimm, as organizações "estão jogando tudo no liquidificador e anunciando um único número... isso é inútil".
Mas Freeman, da ZSL, diz que sua equipe conseguiu os melhores dados mundiais possíveis.
"É absolutamente verdadeiro que em algumas regiões e grupos, como o de anfíbios tropicais, temos lacuna de dados. Mas isso é porque não há mesmo informações sobre eles. Acreditamos que nossa metodologia é a melhor possível para calcular a diminuição de populações", afirma.
"Também é possível que a situação de espécies que não estejam sendo monitoradas seja muito pior."

Fonte: G1

domingo, 3 de julho de 2016

Exemplo de Superação: ex-cortador de cana se forma em medicina

Ex-cortador de cana com a prima na formatura dele em medicina pela UPE (Foto: Arquivo pessoal/Flaviana Maria)
Um dos sete filhos do pedreiro José Lopes, de 63 anos, e da dona de casa Edileusa Maria, de 59, o agora médico Jonas Lopes trabalhou como cortador de cana até os 15 anos. Nascido em Palmares, Mata Sul de Pernambuco, Jonas morou até 2006 em Joaquim Nabuco. Hoje com 30 anos, o futuro cardiologista garante ao G1: "o que me move é o conhecimento e ajudar as pessoas".
Ele é o primeiro da família a ter curso superior, mas acredita que no futuro os irmãos irão seguir o mesmo caminho. "Agora eu só quero ajudar meus pais, dar orgulho a eles e aos meus irmãos e continuar exercendo meu amor pela medicina, distribuir esse amor para os meus pacientes. Também quero estudar, estudar e nunca parar", afirmou.
Eu só quero ajudar meus pais, dar orgulho a eles e aos meus irmãos e continuar exercendo meu amor pela medicina"
Jonas Lopes, 30 anos, médico
Jonas se tornou médico de fato e direito na quarta-feira (29) - dia da colação de grau. Ele disse que não conseguiu segurar a emoção no momento em que foi homenageado pelos colegas.

"Tivemos uma colação antecipada no dia 17 de junho, que foi para pegar o registro do Cremepe [Conselho Regional de Medicina de Pernambuco]. Na solenidade oficial, na hora do discurso da oradora, ela disse: 'Jonas, levante'. Em seguida, falou um breve histórico da minha vida, me parabenizou e todos os meus colegas me aplaudiram. Não aguentei e chorei demais", revelou.

O médico, que desde de criança ajudava a mãe a cortar cana, trabalhou na zona rural de Joaquim Nabuco dos 12 aos 15 anos. Foi também durante a infância que veio o sonho de cursar medicina. Desde pequeno Jonas gostava de ciências. Devido às dificuldades pelas quais a família passava, pensou em ser professor, porque - para ele - seria mais fácil. "Mas eu ficava admirando o trabalho de médico. Sempre tive a medicina no coração", falou.
Jonas Lopes é ex-cortador de cana se formou em medicina pela UPE na quarta-feira (29) (Foto: Arquivo pessoal/Maria Eduarda Lopes)Jonas Lopes se formou em medicina pela UPE
(Foto: Arquivo pessoal/Fábio Floriano)
Entre os anos de 1998 e 1999, o médico parou de estudar. Ao G1, ele disse que esta "parada" nos estudos foi um momento de rebeldia. "Eu recomecei em 2000. Na verdade, eu caí na real. Ver minha mãe trabalhando no engenho, sofrendo… Ela tinha que comprar os meus cadernos e dos meus irmãos ou comida para dentro de casa. Quando eu vi esse sofrimento dela, decidi que jamais iria parar de estudar. O céu não é nem o meu limite. Eu amo estudar", explicou Jonas.

O recém-formado também trabalhou dando aulas de de reforço, em casas de jogos e carregando frete na feira. No ano de 2006 ele fez o vestibular de medicina e passou só na primeira fase.
Em 2007, Jonas começou a se preparar para o vestibular da Universidade de Pernambuco (UPE), que oferecia vagas exclusivas para estudantes de escolas públicas. "Eu conheci o sistema de cotas da instituição e vi que tinha como entrar por ele, já que eu sempre estudei por escola pública. Esse sistema de cotas foi minha esperança", lembrou o médico.
Aprovação na UPE
Jonas tentou entrar na universidade por três anos. Em 2006 ele estudou sozinho e não conseguiu a aprovação. No mesmo ano ele juntou o dinheiro do trabalho para ir morar no Recife com a irmã. De 2007 até 2009 - ano no qual foi aprovado - ele cursou pré-vestibular e estudava de dez a 12 horas por dia.
O médico recém-formado conseguiu assistência moradia e alimentação como bolsa da UPE e morou durante seis anos na Casa do Estudante de Pernambuco. "Fui monitor de inglês na casa, ganhei bolsa de iniciação científica e extensão universitária", disse.
Em 2014 Jonas começou a estagiar em uma unidade de saúde de Joaquim Nabuco. Com o estágio ele ajudava na renda dos pais. "Eu ficava atendendo e passava os casos para o médico plantonista, que é como é regulamentado pelo código de ética médica", lembrou.
Fonte: g1
Edição: SIMBIOSE

Venda de lâmpadas incandescentes está proibida no país.

Desde o dia (30), está proibida a venda de lâmpadas incandescentes no Brasil. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) começa a fiscalizar amanhã (1º), por meio dos institutos de Pesos e Medidas (Ipem) estaduais, estabelecimentos comerciais que ainda tenham à disposição lâmpadas incandescentes com potência de 41watts (W) até 60 W. Quem não atender à legislação poderá ser multado entre R$ 100 e R$ 1,5 milhão.A restrição foi estabelecida pela Portaria Interministerial 1.007/2010, com o objetivo de minimizar o desperdício no consumo de energia elétrica. Uma lâmpada fluorescente compacta economiza 75% em comparação a uma lâmpada incandescente de luminosidade equivalente. Se a opção for por uma lâmpada de LED, essa economia sobe para 85%.
A troca das lâmpadas incandescentes no Brasil começou em 2012, com a proibição da venda de lâmpadas com mais de 150W. Em 2013, houve a eliminação das lâmpadas de potência entre 60W e 100W. Em 2014, foi a vez das lâmpadas de 40W a 60W. Este ano, começou a ser proibida também a produção e importação de lâmpadas incandescentes de 25 W a 40 W, cuja fiscalização ocorrerá em 2017.
Fiscalização
Segundo o responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Inmetro, engenheiro Marcos Borges, a fiscalização tem caráter educativo, porque os comerciantes foram orientados sobre a proibição desde o ano passado. “Por isso, entendemos que o impacto não é brusco para os comerciantes, porque eles já vêm sendo instruídos nesse sentido desde a assinatura da portaria, em 2010.”
Borges informou que, desde o apagão de 2001, o Inmetro desenvolve um programa de educação do consumidor brasileiro, no qual mostra que as lâmpadas incandescentes duram menos e consomem muito mais energia do que, por exemplo, a lâmpada fluorescente compacta. “Ficou claro para o consumidor que a lâmpada fluorescente compacta era muito mais econômica que a incandescente.”
Economia
Ele citou, como exemplo, o caso de uma casa com dois quartos que usaria em todos os cômodos lâmpadas incandescentes de 60 W. “Elas gerariam valor em um mês de R$ 20 a R$ 25 para iluminar a casa. Ao trocar por uma lâmpada equivalente fluorescente compacta, essa conta cairia para R$ 4 ou R$ 5 em apenas um mês. O consumidor entendeu isso e, ao longo do tempo, já vai deixando de usar esse material.”
Números do Inmetro mostram que, em 2010, 70% dos lares brasileiros eram iluminados pelas incandescentes. Agora, somente 30% das residências usam esse tipo de lâmpada, que não podem mais ser comercializadas no Brasil, seguindo recomendação da Agência Internacional de Energia (AIE).

Fonte: AgenciaBrasil
Edição: Elovirtual

domingo, 5 de junho de 2016

Aulas Mod. 2 Cap 2 de Biologia do 2º e 3º ano.

Clique nos links abaixo para baixar as aulas.









Agências da ONU no Brasil celebram Dia Mundial do Meio Ambiente

“Solte a fera pela vida”. Este é o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2016, celebrado globalmente no dia 05 de junho sob a coordenação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O tema traz à tona o tráfico de animais silvestres e a necessidade de combater esse comércio ilegal que destrói a biodiversidade, ameaça os ecossistemas, gera custos para a economia e coloca em risco a vida de seres humanos.
O PNUMA, com o apoio da ONU Verde – grupo de trabalho interagencial das Nações Unidas no Brasil –, prepararam uma programação em Brasília com ações entre os dias 5 a 8 de junho de 2016, a fim de promover a conscientização sobre o tráfico de animais silvestres. Saiba mais ao final do comunicado.
Crimes ambientais como o comércio ilegal de animais silvestres, a destruição ilegal de florestas por empresas, a exploração e comércio ilegal de ouro e outros minerais, a pesca ilegal, o tráfico de resíduos perigosos e a fraude de créditos de carbono, estão crescendo duas a três vezes mais rapidamente que o PIB global.
O crime ambiental supera o comércio ilegal de armas de pequeno porte, que é avaliado em cerca de 3 bilhões de dólares. É, ainda, o quarto maior empreendimento criminoso depois de tráfico de drogas, da falsificação e do tráfico de seres humanos. A quantidade de dinheiro perdido nesse crime ambiental é 10 mil vezes maior do que a quantidade de dinheiro gasto para combatê-lo – equivalente a apenas 20-30 milhões de dólares.
A ascensão do crime ambiental em todo o mundo é profundamente preocupante. As vastas somas de dinheiro gerado por esses crimes alimentam terroristas e grupos criminosos altamente sofisticados. Na América do Sul, por exemplo, os cartéis de drogas têm grande envolvimento com o comércio ilegal de fauna silvestre, muitas vezes se utilizam de animais vivos ou de suas peles para transportarem seus produtos.
O Brasil é o país com a maior diversidade de espécies no mundo, possuindo mais de 103.870 espécies animais conhecidas no país. A perda e fragmentação de habitats naturais e captura, comércio e guarda ilegal de animais silvestres são algumas das maiores ameaças para a fauna nativa.
Um número elevado de espécimes vem sendo extraído da natureza sem levar em consideração a capacidade de reposição natural das espécies. A ONG Renctas estima que, no Brasil, cerca de 38 milhões de exemplares sejam retirados anualmente da natureza e que aproximadamente 4 milhões deles sejam vendidos, pois para cada produto animal comercializado são mortos pelo menos três; e para o comércio de animais vivos, a cada dez traficados apenas um sobrevive.
Os lucros do comércio ilegal de animais silvestres ameaçam a paz e a segurança e prejudicam, também, a subsistência de comunidades locais.
De acordo com o relatório “O aumento do crime ambiental” (The Rise of Environmental Crime), lançado neste sábado (4) pelo PNUMA em parceria com a Interpol, o custo do crime ambiental chega, atualmente, a 258 bilhões de dólares – significando um aumento de 26% em comparação a 2014. Esse dado revela que a ocorrência de crimes ambientais bateu seu próprio recorde, tendo superado o comércio ilegal de armas de pequeno porte.
O estudo mostra que as enfraquecidas leis e o escasso financiamento de forças de segurança estão permitindo que redes internacionais criminosas e rebeldes armados lucrem com esse comércio que alimenta conflitos, devasta ecossistemas e coloca espécies sob ameaça de extinção.
Por isso, fortes ações, legislações e sanções, em nível nacional e internacional, bem como incentivos econômicos e meios de subsistência alternativos para aqueles que se sustentam dessa cadeia de crime ambiental, são necessárias para combater o tráfico.
A interrupção desse comércio é crucial para se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), uma vez que ameaça a biodiversidade, os meios de vida das pessoas e perturba a paz mundial.
O tema do Dia Mundial do Meio Ambiente aborda, em particular, o Objetivo 15, que trata da vida terrestre e inclui metas de combate à oferta e à demanda de produtos ilegais provenientes de animais selvagens, e solicita a proteção da fauna e da flora silvestre, bem como dos ecossistemas dependentes.

Solte a fera pela vida

Com o objetivo de apoiar no combate ao comércio ilegal de animais silvestres, o Sistema ONU e seus parceiros lançaram a campanha “Solte a fera pela vida”, que vem recebendo apoio de celebridades brasileiras como Gisele Bündchen, Yaya Touré, Neymar Jr. e Lenine. A campanha está mobilizando milhões de pessoas pelo mundo a tomar medidas contra a captura ilegal e o tráfico de espécies e animais selvagens e acabar com a demanda que impulsiona o comércio ilegal de animais silvestres.
A Embaixadora da Boa Vontade do PNUMA, Gisele Bündchen, está usando a sua voz para defender as tartarugas. “Agora é o momento de acabar com todo o comércio ilegal de animais selvagens. Entristece-me que, no século 21, com todo o nosso conhecimento e poder, ainda escutamos histórias de espécies selvagens que enfrentam a possibilidade de extinção pela ação do homem”, declarou.
O cantor Lenine, que há tempos vem incorporando a ecologia e a sustentabilidade em seu trabalho, falou sobre a crueldade que é o crime contra os animais silvestres. “Além de ser criminoso, de provocar um impacto negativo nos ecossistemas e de colocar as espécies sob ameaça de extinção, o comércio ilegal é extremamente cruel com os animais. Eles são maltratados, transportados em caixas superlotadas, sem água e alimento, alguns são até usados para transportar drogas. A maior parte desses animais capturados acabam morrendo devido a essas práticas.”
Sob a hashtag #WildforLife, a campanha visa a mobilizar milhões de pessoas a assumir compromissos e tomar medidas para acabar com o comércio ilegal de animais silvestres. A iniciativa é executada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES).

Ações da ONU na Semana do Meio Ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente (DMMA) é o principal veículo das Nações Unidas dedicado a estimular ação e conscientização global em prol do meio ambiente. A data tem crescido e se tornado uma importante plataforma pública, celebrada amplamente em mais de 100 países. Também serve como o “dia das pessoas” para tomar uma atitude pelo meio ambiente, estimulando ações individuais ou coletivas que causem um impacto positivo no planeta.
Para celebrar a Semana do Dia Mundial do Meio Ambiente, o PNUMA, com o apoio da ONU Verde – grupo de trabalho interagencial das Nações Unidas no Brasi –, prepararam uma programação em Brasília com ações entre os dias 5 a 8 de junho de 2016, a fim de promover a conscientização sobre o tráfico de animais silvestres.
A programação terá início neste domingo, 5 de junho, com a promoção da visita de funcionários da ONU ao Projeto Bicho Livre de soltura e reintrodução de animais silvestres, promovido pelo IBAMA na reserva ecológica Chapada Imperial. No dia 6, a ONU realizará a cerimônia oficial de celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, com a presença do Escritório do Coordenador Residente, de representantes dos diferentes órgãos do sistema, bem como oficiais do governo e de organizações não governamentais.
Como defensor da campanha “Solte a fera pela vida”, o cantor e ecologista Lenine estará presente na cerimônia.
O evento será seguido da abertura da Mostra de Cinema Ambiental que será aberta ao público no Cine Brasília e se estenderá com uma programação variada até o dia 7 de junho.
Quem não está em Brasília pode organizar suas próprias atividades para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente 2016, desde mostra de artesanatos – que não incluam o uso de penas, peles e outros materiais provenientes da captura ilegal da fauna silvestre –, festivais de cinema, competições esportivas, realização de eventos públicos e artísticos, flashmobs, até promoções nas redes sociais. A hashtag é #DMMA2016 e a intenção é que, cada ano, o Dia Mundial do Meio Ambiente seja o maior e mais celebrado da história.
Fonte: nacoesunidas.or
Edição: SIMBIOSE

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Beber cerveja protege o cérebro contra o Alzheimer



A queridinha dos happy hours ataca novamente. A ciência já sabe que a cerveja diminui o risco de infarto, de pedra nos rins e aumenta o colesterol bom. Agora, pesquisadores na Finlândia descobriram que beber cerveja pode diminuir o acúmulo de proteínas que causam os sintomas do Alzheimer e proteger o cérebro.
O estudo analisou o cérebro de 125 homens que morreram em Helsinki, de 35 a 70 anos. Os homens mais velhos tinham uma quantidade maior de placas das proteínas beta-amilóides - o que é normal, considerando que o Alzheimer se manifesta geralmente a partir dos 65 anos. Essas placas envolvem os neurônios, impedindo a comunicação entre eles. No Alzheimer, esses neurônios presos se atrofiam e o paciente passa a apresentar distúrbios de memória, de comportamento e de personalidade.
Mas a pesquisa revelou uma relação surpreendente: os homens que tinham o hábito de beber cerveja tinham uma concentração de placas beta-amilóides menor do que aqueles que não bebiam. E o benefício é exclusivo da cevada: aqueles que bebiam vinho ou destilados não apresentaram redução do acúmulo da proteína.
Os cientistas ainda não entendem de que forma a cerveja se relaciona a um menor acúmulo de placas beta-amilóides. Mas sabem que todas as explicações para os sintomas do Alzheimer tem relação com o acúmulo dessas estruturas.
Os resultados também não são desculpa para sair enchendo a cara. Os cientistas não encontraram relação entre a quantidade de bebida e o tamanho das placas, então mais latinhas não significam uma proteção maior.
Se você quiser montar um combo anti-Alzheimer na sua dieta, uma xícara de café também pode ser uma boa pedida. Se a cerveja dá sinais de que não deixa as placas se acumularem, o café faz uma faxina: em testes com ratos, a substância reduziu em até 50% a quantidade de beta-amilóides já acumuladas no cérebro dos animais.

Fonte: Superinteressante
Edição: SIMBIOSE

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Escolas seriam melhores se os alunos não usassem sapatos



Crianças descalças
Todo mundo que frequentou a escola tem alguma lembrança de um professor desesperado tentando acalmar a turma. Para conseguir esse feito, provavelmente algum aluno foi expulso da sala ou houve ameaças de tarefas extras - muitas vezes sem sucesso.
Hoje, a estratégia poderia ser outra: tirar os sapatos. Um estudo daUniversidade de Bournemouth, no Reino Unido, comprovou que crianças que vão à escola sem sapatos se comportam melhor e tiram notas mais altas. Os pesquisadores observaram durante 10 anos milhares de crianças em mais de 100 escolas de 25 países que deixavam seus sapatos do lado de fora da sala de aula e perceberam que eles eram alunos mais pontuais e engajados.
A pesquisa parte da política de escolas inglesas em que crianças estudam descalças - o modelo foi copiado de países escandinavos, que já tinham percebido que a prática melhorava o desempenho e o comportamento dos estudantes. A primeira razão para os alunos tirarem os sapatos era bem mais simples: por muitos anos, as crianças do norte da Europa chegavam até a sala de aula com os pés sujos de neve ou lama.
Agora, os acadêmicos britânicos defendem o hábito escandinavo de tirar os sapatos para dar às crianças melhores resultados na escola. Os pesquisadores acreditam que dessa forma as crianças se sentem em casa, ficam mais relaxadas e aprendem com mais facilidade.
Crianças descalças leem mais
Qual é o seu lugar preferido para ler: na cama ou em uma poltrona macia? Se nem você que é adulto gostaria de ler um livro sentado em uma cadeira escolar, imagine se uma criança que ainda está desenvolvendo seus hábitos de leitura escolheria essa opção pouco confortável.
"O último lugar que uma criança sentaria para ler é uma cadeira. Nós percebemos que 95% delas não leem sentadas. Quando estão fora da escola, preferem ler deitadas. Dar condições para que as crianças se sintam em casa na sala de aula significa que mais alunos vão ler na escola", afirma o professor Stephen Heppel, responsável pela pesquisa da Universidade de Bournemouth.
Em escolas onde os alunos podem ficar descalços, as crianças chegam mais cedo e saem antes - isso representa uma média de meia hora a mais de leitura extra diariamente. Mas as vantagens de tirar os sapatos não se restringem ao desempenho escolar: a conta da limpeza diminui 27% e as compras de móveis também, já que não há necessidade de ter uma cadeira e uma mesa para cada aluno, sendo que eles podem sentar no chão.
Para que a estratégia de tirar os sapatos dê certo, nada de dois pesos e duas medidas. Heppel sugere que todos na escola fiquem descalços, inclusive os professores. "As crianças precisam ter certeza de que suas meias não serão ridicularizadas pelos colegas", explica. No entanto, o estudo não menciona possíveis incômodos que podem atrapalhar o aproveitamento das aulas sem calçado. O chulé, por exemplo.

Fonte: Superinteressante
Edição: SIMBIOSE