domingo, 4 de dezembro de 2016

Pesquisadores apostam em 'bactéria canibal' para combater superbactérias resistentes a antibióticos

 Bdellovibrio bacteriovorus
As bactérias canibais - que se alimentam de outros microorganismos de sua mesma espécie - podem ser uma nova arma para combater as superbactérias, afirmam pesquisadores britânicos.
Experimentos indicaram que uma dose de Bdellovibrio bacteriovorus (o nome científico da bactéria canibal) é capaz de agir como um "antibiótico vivo" que ajuda a curar uma infecção letal.
A Bdellovibrio se mostrou capaz de matar uma série de bactérias, incluindo a E. coli e a Salmonella.
Segundo um estudo publicado no jornal Current Biology, não há efeitos colaterais. Especialistas dizem que a estratégia é inusitada, mas não deve ser subestimada.
O medo de um "apocalipse de antibióticos" causado por níveis cada vez maiores de resistência das bactérias a medicamentos levou cientistas a tentar novas abordagens, como o uso da Bdellovibrio, por exemplo.

Dose mortal

A Bdellovibrio é uma bactéria de rápida locomoção que se infiltra em outras bactérias e devora o interior de suas hospedeiras. Depois de se alimentar, a bactéria canibal se replica e explode o seu hospedeiro, que é morto.
Um time de pesquisadores das universidades de Nottingham e Imperial College London tentaram usar a Bdellovibrio bacteriovorus para acabar com uma causa comum de infecção alimentar, a Shigella.
A bactéria Shigella adoece 160 milhões de pessoas todos os anos e mais de um milhão acabam morrendo como consequência, a maioria infectados por alimentos contaminados.
Testes realizados em laboratório apontaram que o número de Shigella diminuiu em cerca de 99,9% após a ação das bactérias canibais.
Outros experimentos, realizados com larvas de peixe, mostraram que uma dose mortal de superbactérias eliminou 75% das larvas em três dias. Porém, quando as larvas também foram infectadas com as bactérias canibais, 60% delas sobreviveram, ou seja, apenas 40% foram eliminadas.
"Definitivamente é uma abordagem criativa e o que há de mais especial é a incapacidade da hospedeira desenvolver uma resistência", disse à BBC Serge Mostowy, pesquisador da Imperial College London.
"É um marco importante na pesquisa do uso de antibióticos vivos que podem ser usados tanto em animais quanto humanos", acrescentou.

'Ameaça iminente'

No entanto, os pesquisadores acreditam que a Bdellovibrio pode ser mais útil no tratamento de feridas infeccionadas do que nas bactérias que se espalham pelo corpo, já que as canibais podem ser facilmente injetadas no local do ferimento.
Os pesquisadores perceberam que as bactérias canibais trabalham melhor quando agem em conjunto com o sistema de imunidade dos peixes.
"Parece que os agentes infecciosos estão poupando o sistema imune, mas quando a Bdellovibrio está lá, ela libera partes da Shigella, o que dá um alerta extra de ameaça aos peixes", diz Liz Sockett, pesquisadora da Universidade de Nottingham.
De acordo com os pesquisadores, não há sinais de efeitos colaterais e os peixes demonstraram tolerância a altos níveis de Bdellovibrio. Há bactérias canibais vivendo naturalmente em nossos corpos, encontradas por outros pesquisadores.
"Pode ser incomum usar uma bactéria para se ver livre de outras, mas diante da ameaça iminente de infecções resistentes a medicamentos, o potencial das interações entre bactérias e animais não deve ser ignorado", afirmou Michael Chew, médico membro da fundação de investigação biomédica Wellcome Trust.
"Nós estamos cada vez mais dependentes de antibióticos de última linha e esse estudo inovador demonstra como bactérias predatórias podem ser uma nova e importante ferramenta na luta contra a resistência a medicamentos", disse.
Contudo, ainda são necessários mais testes de segurança antes de testar a Bdellovibrio como tratamento em humanos.

Fonte: BBC

domingo, 20 de novembro de 2016

O que uma latinha de Coca-Cola pode fazer ao seu corpo?

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Você já se perguntou o que acontece com o corpo depois do consumo de uma lata de refrigerante? Uma ilustração compilada pelo blog Truth Theory, do ex-farmacêutico Niraj Naik, apresenta os efeitos de uma lata de Coca-Cola ou outra bebida similar açucarada e com cafeína a partir de 10 minutos de sua ingestão até depois de 60 minutos. Os dados foram divulgados pelo jornal Daily Mail, que ouviu a opinião de alguns profissionais sobre o assunto. Confira:

10 minutos

10 colheres de chá de açúcar atingem seu sistema (100% de sua ingestão diária recomendada). Você não vomita imediatamente devido à doçura esmagadora porque o ácido fosfórico corta o sabor.

20 minutos

O açúcar no sangue tem um pico, causando uma explosão de insulina. Seu fígado responde a isso transformando todo o açúcar que pode obter em gordura.

40 minutos

A absorção de cafeína está completa. As pupilas dilatam, a pressão arterial sobe, como resposta seu fígado despeja mais açúcar em sua corrente sanguínea. Os receptores de adenosina no seu cérebro são bloqueados, impedindo sonolência.

45 minutos

O corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do seu cérebro. Essa é fisicamente a mesma maneira que a heroína funciona.

60 Minutos

O ácido fosfórico prende o cálcio, magnésio e zinco no intestino grosso, provocando mais um aumento no metabolismo. Essa situação é agravada por doses elevadas de açúcar e adoçantes artificiais também aumentando a excreção urinária de cálcio.

Mais de 60 Minutos

Propriedades diuréticas da cafeína entram em jogo (fazem com que a pessoa urine). Agora, é certeza que você vai evacuar a junção de cálcio, magnésio e zinco que deveriam ir para seus ossos, bem como o sódio, eletrólitos e água.

Mais de 60 minutos

Como o delírio dentro de você morre, vai começar a ter um choque de açúcar. Pode tornar-se irritado e/ou lento. Você também terá, literalmente, urinado a água que estava no refrigerante. Mas não antes de levar junto alguns nutrientes que seu corpo poderia ter usado para até mesmo ter a capacidade de hidratar o organismo e fortalecer ossos e dentes.

O que dizem os especialistas

“Coca-Cola não tem apenas muito xarope de milho com alta frutose, mas também é embalado com sais refinados e cafeína. O consumo regular desses ingredientes nas quantidades elevadas que você encontra na Coca-Cola e outros alimentos e bebidas processados pode levar ao aumento da pressão arterial, doença cardíaca, diabetes e obesidade”, comentou o ex-farmacêutico em seu blog.
“O Serviço Nacional de Saúde acabou de mudar a permissão do total de açúcar adicionado de 10 colheres de chá por dia para 7,5 colheres de chá por dia. Isso faz com que apenas uma lata tenha mais do que o total de açúcar permitido para o dia inteiro”, disse a nutricionista Ella Allred, da NutriCentre.com.
Segundo a nutricionista, essa alta quantidade de açúcar faz com que o pâncreas trabalhe mais para produzir insulina, aumentando as chances de desenvolver diabetes tipo 2 e causando acúmulo de gordura abdominal, elevando o risco de doenças cardíacas. “A enorme quantidade de açúcar com que seu corpo precisa lidar utiliza reservas de nutrientes valiosos como magnésio e cálcio, sendo nossas maiores reservas nos ossos. Também faz com que se torne desidratado, fazendo você se sentir sonolento e cansado, novamente precisando de mais energia. O açúcar e a cafeína estimulam os mesmos centros de prazer no cérebro como drogas, como cocaína e heroína, deixando você desejando mais, o que piora ainda mais o efeito em seu corpo.”
O dentista Sameer Pate, diretor clínico da Elleven Dental Practice, no Reino Unido, disse que as bebidas gaseificadas, como as do tipo cola, estão cheias de açúcar e ácido, que prejudicam os dentes. “Quando o líquido está na boca, pode então levar a erosão ácida e cárie dentária. As bebidas gaseificadas de cor mais escura aumentam a probabilidade de coloração dos dentes também”, comentou.
Quanto mais tempo demorar para terminar de beber a lata, pior é para o dente. “Leva apenas 20 segundos para que as bactérias produzam ácido no interior da boca, mas os efeitos podem durar até 30 minutos. Se você gastar 30 minutos bebendo, esses efeitos de bactérias se multiplicam substancialmente. Se você está bebendo refrigerantes, use um canudo e consuma com a refeição para minimizar o contato do açúcar com os dentes, o que leva a problemas dentários. Masque chiclete sem açúcar quando tiver terminado para ajudar a neutralizar o ácido na boca”, recomendou.
O jornal Daily Mail entrou em contato com a Coca-Cola para comentar o assunto, mas não obteve resposta até o momento da publicação. 

Fonte: Terra
 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Mayaro: mais um vírus transmitido pelo Aedes aegypti que pode se espalhar

   Mosquito Aedes aegypti, transmissor de zika, dengue, chikungunya e febre amarela, é analisado em laboratório de Cali, na Colômbia
Os microrganismos também lutam pela sobrevivência de suas respectivas espécies. Procuram se adaptar das maneiras mais incríveis possíveis para não desaparecer. É o que está acontecendo atualmente com um vírus chamado Mayaro. Não é um vírus novo. Foi identificado pela primeira vez em 1954 e existe em regiões silvestres aos redores da  região Amazônica.

Nas últimas semanas, pesquisadores da Flórida o identificaram no Haiti, em um menino de 8 anos, com febre e dores abdominais. Concluiu-se, portanto, que este vírus pode estar se espalhando pelo continente.

O grande problema é que este vírus  possivelmente tenha se adaptado. Antes era transmitido apenas por mosquitos vetores silvestres e agora aparentemente pode ser transmitido por mosquitos vetores urbanos que já estão espalhados pelo mundo: Aedes aegypti principalmente, e o Aedes albopictus. Se isso se confirmar, há muitas razões para nos preocuparmos, uma vez que o Aedes está fortemente presente em todo o território nacional. Este vírus provoca  uma doença semelhante à chikungunya. Chama-se Febre do Mayaro.

Quais os sintomas da Febre do Mayaro?
Os sintomas  são muito parecidos com os da dengue e/ou chiKungunya. Começa com uma febre inespecífica e cansaço, sem outros sinais aparentes. Logo após podem surgir manchas vermelhas pelo corpo, acompanhadas de dor de cabeça e dores  nas articulações. Os olhos podem também ficar doendo e em alguns casos reporta-se intolerância à luz. São sintomas muito parecidos e por isso a febre do Mayaro pode ser facilmente confundida com dengue ou com chikungunya. No entanto, no Mayaro as dores e o inchaço das articulações podem ser mais limitantes e durar meses para passar.

Como saber se é dengue, zika, Mayaro ou chikungunya?Pelo quadro clínico pode ser difícil diferenciar. Só os exames laboratoriais específicos é que podem apontar o diagnóstico correto. No menino de 8 anos do Haiti suspeitou-se inicialmente de dengue ou chikungunya. Mas os testes vieram negativos e o de Mayaro confirmou ser positivo.

Há vacina ou tratamento específico para a febre do Mayaro?
Não. Até o momento não há nem vacina nem tratamento específico. O tratamento é dirigido ao alívio dos sintomas. A evolução em geral é bastante favorável.

Já foram confirmados casos de febre do Mayaro no Brasil?
Sim. Entre dezembro de 2014 e junho de 2015 foram confirmados 197 casos  de febre do Mayaro nas regiões Norte e Centro-Oeste, com destaque para os estados de Goiás, Pará e Tocantins. Todas estas pessoas moravam ou estiveram em área rural, silvestre ou de mata por atividades de trabalho ou lazer. O Estado de Goiás registrou 66 casos até fevereiro de 2016 e o Datasus não possui mais dados atualizados deste ano. Importante salientar que no Brasil a transmissão desta doença limitou-se a regiões de mata. Não há relatos, até o momento, de transmissão urbana.




Fonte: G1

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Movimento Ocupa adia provas do ENEM em algumas regiões

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O Ministério da Educação vai divulgar na sexta-feira (4) uma lista atualizada das escolas ocupadas onde o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será adiado. Nenhuma escola que já foi apontada na lista será excluída, mesmo que já tenha sido desocupada, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O MEC só vai manter a prova neste fim de semana, nos dias 5 e 6 de novembro, nas escolas que foram desocupadas até segunda-feira (31), prazo limite que foi dado para a liberação dos colégios. Por isso, mesmo que estejam vazias neste momento estarão na lista do ministério como locais inviáveis para realização das provas neste fim de semana.
A nova lista terá possíveis acréscimos, caso haja novas ocupações entre esta quinta e sexta-feira, segundo o Inep.
Na terça, o Ministério da Educação anunciou que a prova será adiada para 191 mil candidatos de 18 estados e do Distrito Federal. Esses estudantes terão de fazer o exame nos dias 3 e 4 de dezembro.
A exceção é o Colégio de Aplicação, em Florianópolis, que estava, equivocadamente, na lista divulgada pelo MEC como um dos locais afetados pelo adiamento. O governo admitiu o erro e afirmou que lá o Enem será aplicado no próximo fim de semana, 5 e 6 de novembro.
Os participantes afetados devem ficar atentos aos seguintes pontos que devem ser observados no processo de confirmação do adiamento:
  • Participante deve receber SMS confirmando o adiamento.
  • Confirmação também pode ser obtida via página do participante (http://enem.inep.gov.br/participante/) ou pelo aplicativo oficial do Enem.
  • O Inep não informou quando vai divulgar novo local de prova.
Participantes que tiverem dúvidas sobre a prova podem acionar a Central de Atendimento do Inep pelo telefone 0800-616161. O atendimento por telefone tem funcionamento diário, entre 8h e 20h.
Pedido de cancelamento
O procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho, pediu nesta quarta-feira (2) a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), programado para ocorrer no sábado e domingo (5 e 6). O pedido tem como base o adiamento da prova para mais de 191 mil candidatos devido as ocupações de locais onde a avaliação é aplicada. Para o procurador do Ministério Público Federal no Ceará, as provas em diferentes datas, com temas diferentes da redação, fere a isonomia da seleção.
A ação será julgada pelo juiz Ricardo Cunha Porto, titular da 8ª Vara da Justiça Federal no Ceará. Caso a Justiça aceite os argumentos do procurador, a mudança no calendário do Enem é válida para todo o Brasil. Devido à urgência, o pedido deve ser julgado até sexta-feira (4), de acordo com a Justiça Federal. 

Fonte: G1

domingo, 30 de outubro de 2016

Derretimento no Ártico contribui para o aumento do efeito estufa

 
Depois de cinco anos de pesquisa, um grupo da Nasa agência espacial americana, descobriu que o Ártico está despejando grandes quantidades de metano e gás carbônico na atmosfera. Ambos os gases são responsáveis pelo aquecimento global. As emissões são consequência do derretimento acelerado do gelo na região, causado pelas mudanças climáticas. A contribuição do Ártico pode acelerar o aquecimento provocado pela emissão de gases derivados da atividade humana.
O metano e o gás carbônico do Ártico são emitidos pelo derretimento do permafrost, solo até então permanentemente congelado na região.
Todo verão, as camadas superficiais do permafrost derretem um pouco. Cerca de 10 centímetros na região da tundra ou alguns metros na área de florestas boreais. Quando as vegetação morre ou perde as folhas, o material orgânico não se decompõe totalmente. Ele fica enterrado no gelo. Ao longo de centenas de milhares de anos, esse material vem sendo acumulado. Estima-se que o Ártico guarde 1,4 a 1,8 trilhões de toneladas de matéria orgânica no permafrost. É cinco ou seis vezes mais do que todo o carbono lançado na atmosfera pelas atividades humanas desde 1850.
Agora, com o derretimento do Ártico, parte desse estoque está indo para a atmosfera.
“Algumas das concentrações que estamos medindo são bem altas”, diz Charles Miller, da Nasa. “Estamos vendo padrões bem diferentes dos modelos. São grandes episódios de emissão de carbono e metano durante o verão. E eles duram até depois da temporada de recongelamento do inverno.”
O mapa acima mostra a extensão de permafrost no Ártico. Os trechos em azul escuro são compostos por 90% de solo congelado. No azul intermediário, o permafrost ocupa de 10% a 90% da área. No azul mais claro, há apenas manchas isoladas de permafrost.

Fonte: Alexandre Mansur

sábado, 29 de outubro de 2016

29 de Outubro: Dia do Livro. Entenda a sua origem.

 Na Alta Idade Média, os livros eram mais acessíveis aos integrantes da Igreja
Para quem hoje se vislumbra com a praticidade oferecida pelos e-books, nem chega a imaginar o longo caminho percorrido pelos livros na História. Companheiro da escrita, os livros tiveram grande importância para a realização de registros históricos, a compilação de leis e a divulgação de ideias. Atualmente, a produção de livros chegou a tal ponto que, por exemplo, o século XX foi responsável por uma literatura histórica superior a de todos os outros séculos somados juntos!

No Egito Antigo, o ancestral dos livros foi concebido através do papiro. Transformada em atividade importante, a escrita no papiro era exclusivamente executada por uma classe de escribas responsáveis pela leitura e fabricação dos textos oficiais e religiosos. Pesquisadores apontam que as peças de papiro mais antigas já encontradas foram concebidas há três mil anos antes de Cristo. Para se organizar esses documentos, as folhas de papiro eram pregadas umas às outras formando um único rolo.

Por volta do século X a. C., a organização dos documentos escritos ganharam maior funcionalidade com a invenção dos pergaminhos. Apesar de não terem a mesma praticidade dos encadernados, essa base material foi de suma importância para a preservação de importantes textos da Antiguidade, como a Bíblia Sagrada e os escritos de alguns pensadores do mundo clássico. Vale a pena frisar que a qualidade e a resistência dos pergaminhos era superior à do papiro.

A concepção do livro encadernado já era tentada nessa época. Para tanto, pegavam os pergaminhos disponíveis e realizava-se a organização de cada uma das supostas páginas. Conhecidos como codex (códice, em português) essas primeiras edições facilitaram a locomoção e manuseio dos textos escritos. Já nos fins da Antiguidade, por volta de 404, São Jerônimo registrou uma extensa teoria sobre as formas pelas quais seria possível produzir um livro.

No período medieval, o acesso ao mundo letrado ficou praticamente restrito aos clérigos. Boa parte dos livros ficava enclausurada sob a proteção dos mosteiros e tinham sua sabedoria conservada pelo demorado trabalho de monges copistas. Nesse aspecto, é importante ressaltar que a Igreja teve um papel fundamental para que vários textos da cultura grega e romana fossem conservados. Em tal época, era comum que as chamadas iluminuras decorassem o rodapé e os parágrafos dos livros com belas imagens.

Em 1454, o processo de fabricação e divulgação dos livros sofreu um salto qualitativo gigantesco com a invenção da prensa. Desenvolvida por Johannes Gutenberg, essa máquina permitia que o processo de fabricação dos livros fosse dinamizado. Apesar da importância do feito, observamos que na Idade Moderna a leitura e a escrita ainda se conservavam atreladas aos privilégios desfrutados pelas elites. Ler e escrever eram prazeres ainda destinados aos nobres e burgueses enriquecidos.

O século XIX, como filho das inovações tecnológicas, marcou uma época de grandes produções. Vale frisar que o processo de liberalização dos Estados Nacionais teve grande influência na disseminação do ensino público e no consequente incremento do número de leitores. Com o barateamento dos custos de produção, a leitura passou a atingir grandes parcelas da população. A partir de então nasceram os famosos e ainda bastante procurados “best-sellers”.

Fonte:  História do Mundo

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Universitários fazem protestos cobrando melhorias para Campus Universitário em São Bernardo - MA

Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Ciências Humanas/Sociologia, da Universidade Federal do Maranhão-UFMA - Campus de São Bernardo, iniciaram essa semana protestos contra a reitoria superior da entidade, cobrando melhorias para universidade.  
 Os manifestantes reivindicam melhorias na estrutura física do prédio, além de segurança, iluminação e água potável para beber, o que dificulta o aprendizado naquela universidade por conta da precariedade do Campus.
 Cartazes são exibidos durante os protestos contra a reitora da UFMA, que nada tem feito para resolver o problema da Universidade de São Bernardo-MA.