Physalis
angulata L. é uma planta pertencente à família Solanaceae bastante
utilizada na medicina popular, principalmente na América do Sul, em
países como Peru, Colômbia, Suriname e Brasil (SILVA et al., 2005). É
uma planta rica em ácidos orgânicos (cítrico e málico) caroteno,
alcalóides, saponinas, fisalinas, fósforo, ferro e alto teor de vitamina
A e C (LOPES et al., 2006).
Essa
espécie tem ocupado destaque fitofarmacológico nos últimos anos, em
virtude da presença de metabólitos poli-oxigenados e vitaesteróides
(Tomassini et al., 2000). Physalis angulata L. é uma espécie que
apresenta grande relevância em virtude do elevado potencial da espécie
para produção de fitofármacos, já que pesquisas comprovam a eficiência
de compostos secundários produzidos por essa espécie, a exemplo das
fisalinas, que possuem importantes valores fitoterápicos, podendo ser
utilizados em tratamento de carcinomas e doenças renais.

Seu
lado medicinal não deixa a desejar: é conhecida por purificar o sangue,
fortalecer o sistema imunológico, aliviar dores de garganta e ajudar a
diminuir as taxas de colesterol. A população nativa da Amazônia utiliza
os frutos, folhas e raízes no combate à diabetes, reumatismo, doenças da
pele, bexiga, rins e fígado. A
planta tem sido estudada também por fornecer um poderoso instrumento
para controlar o sistema de defesa do organismo, diminuindo a rejeição
em transplantes e atacando alergias.
Pesquisadores da Fiocruz (Fundação
Oswaldo Cruz) da Bahia identificaram substâncias com esse potencial na Physalis angulata e
já solicitaram patente sobre o uso delas. Testadas por enquanto em
camundongos, espera-se que as fisalinas (chamadas de B, F e G) tenham um
efeito tão bom quanto o das substâncias usadas hoje para controlar o
sistema imune, mas com menos efeitos colaterais, quando forem usadas em
pacientes humanos.
Fonte: Belezadacaatinga
Edição: SIMBIOSE